Menina pequena, cabelos lisos, silenciosa, olhos verdes, pele delicada, quando bronzeada fica moreno jambo, menina calada, pensativa ou nem pensava, só observava.
Menina que ama o trabalho, desde pequena busca descobrir os pontos, o vai e vem das
agulhas, o puxar das linhas, o desembaraçar dos novelos, o crescer do tecer.
Menina que olha, com vergonha de perguntar, que pensa e repensa para descobrir o feito mais bem feito do tecer tecido pela agulha do crochê.
Riscos, rabiscos, traços retos ou tortos, mas é necessário arriscar para conseguir riscar certo, traçar, planejar e almejar.
A artesã cresce, anda em busca das buscas do mundo, casa, cria sua cria, almeja, sonha, senta, trabalha e continua tecendo, amando as mãos, o trabalho, a simplicidade do fazer, de ver o crescer do tricô para aquecer os pés do bebê.
Agora avó, continua fazendo, criando, amando e sonhando e insistindo sempre em ser artesã.
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